Colina Imperial
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Colina Imperial

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 Missão de Resgate - Patrick Calisto

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Lord Ícelus

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MensagemAssunto: Missão de Resgate - Patrick Calisto   Missão de Resgate -  Patrick Calisto EmptySáb maio 26, 2012 9:40 am

Detalhes
Local de partida: Acampamento Colina Imperial
Clima: Normal, na terra e no Submundo
Horário: 08:00
Tempo para postar: 72 horas
Extra: Deve narrar como recebeu a missão, sua saída do Acampamento, como chegou nos Elíseos, como lutou com Morfeu e como fez para salvar Ícelus
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Patrick Calisto

Patrick Calisto


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MensagemAssunto: Re: Missão de Resgate - Patrick Calisto   Missão de Resgate -  Patrick Calisto EmptySeg maio 28, 2012 11:10 am

O Semideus Mestiço

Spoiler:
Missão de Resgate -  Patrick Calisto Spqr

Que dia difícil. Acordei estranhamente, Dav me dava um tapa na cara, e Marcie estava com um balde d'água, pronto para me molhar. Era estranho, pelo simples fato que eles sorriam e eu estava chocado. Eu não sabia se sorria ou chorava, apenas continuei atônito.

— O que panquecas vocês... panquecas? — fingi que olhava para mim mesmo, mas eu nunca falei isso antes, pelo menos depois de ser eletrocutado, não — Continuando, o que panquecas vocês tem na mente?

— Você se parece com o Sannder. O mesmo cabelo, o mesmo corte, o mesmo sorriso, vocês parecem até gêmeos. Quando ele veio para o acampamento, à exatamente um ano atrás, prometemos que faríamos uma festa. Ele sabia quem era o Semideus Mestiço, e saiu procurando-o.

— Mas eu não sou ele... — recuei, eu não era mesmo ele. Quando acordei de um choque - que ao menos tinha sentido -, todos me ensinaram que eu era um meio-sangue e eu fui chamado de Patrick - em homenagem a Pátroclo. Mas eu não era ele, ele tinha desparecido uns dias antes que eu chegasse, em uma missão suicida – era o que me diziam.

— Mas quando ele chegou no Acampamento, prometemos a ele que no próximo ano, iríamos festejar. Você se parece com ele, tem o mesmo cabelo curto e loiro. Os mesmos alegres olhos cinzas — falou Dav.

— E de quebra a mesma cicatriz perto do olho. Você se parece tanto com ele, como parece com o Law — continuou a Marcie.

— Caramba, tu percebe os mínimos detalhes — Dav olhou para ela sorrindo. Gargalhei junto a ele, mas desejei ter nunca feito aquilo. Ela fez cara de pirraça, jogou o balde em mim, me deixando completamente molhado, minha cama ficando encharcada, também. Sorri, ela pegou um travesseiro e jogou nele. Logo, uma guerra estava se formando no chalé, e tudo o que tinha dentro dos travesseiros não estava mais lá. Era tão alegre o clima e tudo tão engraçado, sorrisos loucos tanto do Dav quanto da Marcie.

Tudo parecia tão bom, até que observei Dav ficar sério e abandonar a guerra. Ele parecia tenso e queria esconder algo – desde que eu cheguei no acampamento, sempre soube os seus sentimentos – ,provavelmente.

— O que foi Dav?O que eu não posso saber?

— Hã? — ele engoliu seco, apenas olhando para mim — Espera, ler mentes não está incluso nas habilidades de um príncipe de Zeus? Como conseguiu isso? Vai ser bom eu ter essa habilidade.

— Eu te conheço muito bem, Dav —disse, admirando o tom irônico dele.

Sorria, havia conseguido convencer ele. Ele me contou o que aconteceu, há um certo tempo. Hades estava nervoso, porque seu reino estava tendo um descontrole. Eu ouvia ele calmamente, apenas pensando no que eu me metia ali. Também me contou que o descontrole era por causa de um sequestro, de Ícelus, para ser exato. Quíron já sabia daquilo há exatos 30 dias, basicamente, um mês. E se o campista escolhido não voltasse, ele continuaria na retaguarda. Esse campista escolhido, era o Sannder. E quando eu cheguei, as chances de ser enviado aumentaram. Então, quando percebi, o novo pretendente a missão era eu mesmo.

— Eu tenho que falar com Quíron, por que estou envolvido?

Não fiquei tempo o suficiente para ouvi-lo. Mas ainda tive tempo para ouvir um arquejo da Marcie, ela raramente se importava com os outros, principalmente eu. Não esperei nada, apenas reagi como se fosse matar alguém. A raiva subia a cada momento, mas ela sempre vivera em mim. Corri na direção da Casa Grande, sem pensar. Quíron estava me confundindo com uma pessoa que eu não era, e isso eu não aceitaria.

•••

— Patrick, eu o tratei como se fosse do mesmo nível do Sannder, que era um semideus excelente. Você é um pouco diferente, é mais autoconfiante que ele...

— Não adianta, eu não sou ele. — vociferei. Estava com muita raiva, principalmente por não ser tratado como deveria – deveria ser tratado pelo meu ser e não o que achavam ser.

— Só quero que vá nesta missão, à pedido do seu tio, Hades. É de suma importância para o acampamento, só você pode realizar.— ele olhou para mim, e eu quase fiquei com pena.

— Entre todos os campistas, entre o Dav, o Law, o Dake, só eu que tenho que ir? Droga... — fiz um sinal positivo com a cabeça, e ele sorriu para mim.

—Pode viajar qualquer hora, mas tens de voltar em três dias. Só o semideus mestiço pode realizar isso, só tem que achar o Sander.
Sorri, prazo idiota. Pensava toda hora, no que poderia fazer para amenizar a situação. Voltei para o chalé, o mais rápido que pude, tentando ser eu e não o Sander.

Reuni meus itens, poucos pertences. No criado mudo, estava o meu relógio, o item que eu mais me orgulhava. Depois de senti-lo em meu braço, me dirigi ao guarda-roupas, onde tinha uma seção de roupas que eu amava. Calcei minhas botas divinas, me faziam ter mais certeza de mim mesmo, junto ao peitoral divino. Ajeitava as fivelas, enquanto olhava para a Marcie. Ela estava com algo em mãos e eu não sabia o que era. Apenas continuei, logo levando o Raio Mestre à uma bainha especificada, ainda olhando para ela.

—O que foi? Agora eu sou que nem o Sander para você?

— Patrick... — ela olhou friamente para mim —Leve isso consigo, foi um presente do Sander.

— Tchau.

Recusei o presente, caminhando até a porta do chalé. De repente, senti no meu ombro, algo frio, estranho.

— Volte com o presente, Patrick. — dizia Dav, me dando algo na mão, era um colar. Senti o material gelado do colar, era de ouro imperial, raramente visto no Acampamento. Ele estava um pouco arranhado e quando eu o abri, vi um nome escrito... Sander Cruz. Guardei o colar no bolso e abri a porta do chalé, olhando para o belo sol que havia se formado, estava perto do meio-dia. Assobiei alto, poderia ser ouvido nos primeiros chalés. Logo, perto de mim via uma sombra, grande e ficando cada vez mais escura. Era uma ave e eu sabia quem era essa ave.

Subi no Taka, depois que ele aterrissou normalmente. Olhei para trás, para o chalé 1, deixando alguns olhares nervosos escaparem. Mas logo acariciava o pescoço do Taka e assim sua face, e então, me agarrava as penas, para voar. Em poucos segundos, perdia a vista do Rio de Janeiro, eu estava me metendo em algo ruim, algo muito ruim. Mas não ligava, era para isso que semideuses serviam. Serviam aos deuses, mesmo que fosse em missões suicidas, ou até mesmo salvar um gatinho.

•••

Quando recuperei minha mente dos pensamentos em vão, estava no México. Sentia o cansaço no voo do Taka. Algumas vezes, parava de planar – o que me deixava com medo. Pairamos no terraço de um prédio, olhando para os carros que passavam em uma grande avenida. México nem era aquela coisa. Era uma bela cidade, dependendo de como vista. Me apoiei sobre meu falcão sonolento, e então, desmaiei junto a ele, podendo descansar melhor. Antes de dormir, me lembrei de ver algumas luzes se apagarem e ficarem na imensa escuridão.
Por sorte, não sonhei com nada – uma raridade, todos os semideuses tem sonhos terríveis, alguns deles maus presságios. Acordei calmamente, sem sentir o calor das penas do Taka. Ele sobrevoava a cidade, e eu poderia ver ele do terraço. Me acomodei, olhando para os lados e ignorando a altura que estava. Sorri, aquele seria mais um dia horrível. Ouvi alguns barulhos abaixo de mim, alguém estava vindo para o terraço. Não pensei em como me esconder, apenas escondi meu raio na bainha.

— Quem é você?

Era uma mulher, adulta, provavelmente. Ela olhou para mim, me tratando como mais um garoto das ruas de México. Minha cara de garoto bondoso surgiu no rosto, e apenas consegui olhar para ela e a convencer que apenas passara a noite ali, porque não tinha lugar para dormir. Ela também não perguntara como eu havia chegado ali, um fato que me deixou bem feliz. Só teria que conseguir comida, mais nada.

Depois de um tempo ouvindo sobre ela, ela não parava de falar, e receber muitas coisas boas, como: Comida, agasalho, bebida e hora grátis na Tv; tentei roubar alguma comida e bebida e colocar em minha mochila. Em poucos instantes, estava com uma mochila cheia de comida e bebida, além de levar em uma sacola plástica, três quilos de carne crua – para Taka. Foi assim que cheguei ao terraço, assobiando, esperando que Taka ouvisse e atendesse.

— Bom garoto, toma —entreguei a ele um quilo dos três que levava na sacola plástica. Acomodei a sacola na mochila e então, subi no Taka, olhando para os carros passando abaixo. Me agarrei as penas e assim deixei o terraço, começando a voar baixo e logo subindo o mais alto que podia, para não ser visto pelos humanos, nem a névoa esconderia um falcão tão grande, e eu também não confiava muito na névoa.

•••

Voava normalmente, apenas analisando a civilização. Patéticos, pensava. Eles eram tão poucos evoluídos e ainda pensavam em ser o único povo habitante da terra. Tão ignorantes, questionando em ser os sábios. Um dia eu teria a chance de matar todos eles, eu sabia disso. Então, Taka foi na direção das nuvens, ele tinha boa visão, por sorte nossa, e logo, me acomodei em suas penas, me agarrando ao pescoço e ele seguiu nas nuvens, me deixando praticamente de olhos fechados.

A viagem foi boa, sem nada para atrapalhar. Quando percebi que ainda estava acordado, e tudo branco não era um sonho, puxei as asas do Taka – na verdade algumas penas. Também percebi que não tinha feito a melhor coisa, senti o vento ficar mais forte e começamos a ir para baixo. Taka não conseguia controlar as asas, as batia descontroladamente. Eu via minha possível morte a caminho, iria cair em poucos minutos, segundos, não conseguia pensar direito. Via próximo, um parque. Ao lado, vi uma placa. “Bem vindo a Los Angeles”. Tentei controlar Taka, falando idiotices, como: A vaca faz um. Então, ela estendeu as asas e a força dos ventos bateu contra a mesma, fazendo a gente planar.

Caímos no chão com pouca força, mas foi o suficiente para me lançar alguns metros depois do Taka. Taka cravou suas garras no chão e continuou onde estava, enquanto eu rolava, tentando me levantar. Fiquei um pouco sujo, principalmente no rosto. Olhei para os lados, só via um estúdio de gravações, a praça em que estava e alguns focos de luzes estranhos. Olhei para o Estúdio MAC de gravações. Sorri, a estranha combinação me parecia Morto Ao Chegar, o que me fazia rir às vezes. Quando olhei para Taka, ele se afastava do estúdio, olhando para o mesmo. Algo estranho vinha de lá, e eu sabia que poderia ter ligação com a missão.

Entrei sorrateiramente no estúdio, percebendo que não tinha nada de estúdio naquilo. Várias almas, em uma grande fila, para uma porta onde nada se via, apenas um vão negro. Eu sabia que eram almas – por experiências próprias. Algumas nem prestaram atenção em mim, e outras só olharam e voltaram a olhar para o vão. No fundo, um homem de terno branco, alto, com algumas joias brilhantes, praticamente preciosas.

— Qual é o seu nome?

Algo falou. A voz era grossa e por um certo tempo me deixou com medo. Quando olhei para trás, vi o homem que usava o terno branco, mas... como ele havia chegado ali?

— Eu quero falar com o Hades.

— Hum... — ele olhou na grande lista — Não tem o nome ‘Eu quero falar com o Hades’.

— Meu nome é... — cerrei os punhos. Ele estava brincando comigo, acho que ele já sabia o meu nome, ele parecia ser um deus. — Sander Cruz.

Meu nome não era Sander Cruz. Mas se eu falasse o meu nome verdadeiro, com certeza ele não iria me deixar entrar. Sander Cruz que foi designado a missão, não eu. Ele olhou na grande lista novamente e arqueou as sobrancelhas.

— Venha, o Senhor Hades te espera há um certo tempo.

Seguimos para o vão que depois revelado como um grande rio de águas... ferventes. Pareciam chamas crepitando com as memórias dos mortos ali chegando. Subimos em um barco e só então eu percebi com quem falava... o servo de Hades, Caronte, barqueiro do rio Aqueronte, era assim ou era de outro tipo, não conseguia pensar olhando para almas caindo no fogo, explosões e destruição a solta. Me acomodei no barco e olhei para o que seria o céu do submundo. Depois de um tempo pensando, percebi que o barco havia parado e Caronte me olhava preocupado.

— Obrigado.

Pulei do barco até um vestígio de solo. Aterrissei olhando para o grande palácio a frente. O Mármore negro me deixou com mais medo do que eu encontraria. Segui para dentro do palácio, sem ligar para um cão de três cabeças que acabaria com um exército americano em questão de segundos. Ele pareceu também não ligar em mim, fato que me possibilitou entrar no palácio em menos tempo. Me surpreendi com o palácio. Era negro, tinha algumas cortinas vermelhas e uma grande mesa na sala principal. Estava um homem sentado a cadeira e olhando para mim. Seu cabelo era revolto, espichado, como se tivesse trabalhado muito para fazê-lo. E ainda, só vestia preto, na verdade, parecia um Punk. Ele sorriu, parecia esperar minha chegada.

— Olá Sander.

— Patrick, Patrick Calisto, senhor — corrigi, mesmo com o medo de ser atacado.

— Ainda continua sendo o Sander — vociferou, enquanto se levantava — Me acompanhe.

Ele me levou a um quarto nada mais elegante que o salão. Era negro e muito escuro, também um pouco úmido. Tinha uma bola na parede, do fundo. Essa bola mostrava um homem acorrentado. Ele gemia de dor e algumas vezes urrava socorro. Não era um dos mais belos, mas era simpático – se não estivesse acorrentado e com o corpo coberto de Ícor dourado. Não pude deixar de me assustar com a imagem e Hades apenas me livrou de olhá-la por uns instantes.

— Esse é Ícelus, o deus dos pesadelos. Ele foi capturado por algo forte, Alectó diz que esse algo seja Morfeu. Quero que você vá lá e salve Ícelus. E... tome isto.— Ele me deu algo estranho. Toquei, era uma espada, grande e negra, provavelmente de Ferro Estígio — Essa é a Espada do Mundo dos Mortos. Permite qualquer coisa entrar e sair sem questionamento nenhum, além de abrir as portas da morte. — olhei para o cabo, onde ele apontava — Aqui está uma das chaves da morte, as responsáveis por liberar e abrir as portas da morte. Tome cuidado e libere Ícelus sem acordar Hipnos.

Beleza, eu tinha que salvar um deus, lutar com um deus, não acordar um deus e ainda tinha que me dar melhor para não abrir as portas da morte. Pelo menos eu ainda tinha uma grande espada. Ela tinha mais ou menos, um metro e meio, seu cabo também era grande, na base de 30cm. Olhei para ele e sorri, sem saber como iria parar onde Ícelus estava.

— Como vou para lá?

— Corra até o portal ali na parede. — ele apontou — Confie em si mesmo, ou...

Ele não teve tempo para terminar, eu já estava correndo com a espada na mão, pronto para soltar Ícelus e o salvar. Olhei para a parede e fechei os olhos. Eu vou completar essa missão. Pulei na direção da parede e sumi da sala escura. Apareci em um lugar estranho. Por mais que eu não soubesse onde eu estava, já admirava o local. Era belo, tinha campos verdejantes. Deveria ser o melhor lugar do submundo. Até que olhei para trás e vi Ícelus acorrentado. Ele gritava de dor e eu poderia ver o Ícor dourado reluzindo.

— Pare de gritar, eu vou te salvar.

Ele olhou para mim e sorriu.

— Você não pode, semideus. Se você está do lado dele, tem sorte. Se não, morrerá quando quiser me salvar.

Eu iria jogar uma descarga elétrica nele, mas de repente, tudo escureceu. Vi uma mulher, em uma cama. Ela estava deitada, em uma cama, com um bebê que parecia seu filho. O menino era loiro e tinha olhos cinzas – que nem os meus. O sorriso travesso me lembrava a mim mesmo, mas eu não me lembro de nada, somente de aparecer no Acampamento Colina Imperial de repente. De repente, um clarão me fez perder a vista do bebê e da mulher. De repente, percebi que não tinha mais teto na construção. Nem tinha construção. Entre os escombros, via um garotinho. Era o bebê, com um corte perto do olho – que nem o meu – sangrando, logo parando e ficando cicatrizado. Então, dois homens apareciam. Um tinha a aparência jovial, e olhos azuis com cabelo loiro. E o outro, tinha cabelos loiros também, só que os olhos cinzentos. Os dois pegavam o garoto, ambos o olhando.

— O filho de Júpiter.

— O filho de Zeus.

Os dois disseram ao mesmo tempo. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas era muito estranho. Então, eu comecei a entender. Eu já tinha entendido tudo. Aquilo era só o meu maior pesadelo. Agora a cicatriz me dizia tudo. Eu era o semideus mestiço, eu era o filho de Júpiter e de Zeus, mesmo que não tivesse muita coerência. Acordei olhando para Ícelus. Meus olhos cinza se concentravam nos dele, enquanto tentava sorrir.

—Boa tentativa.

— Veja só, se livrou de um pesadelo... –

Ele iria falar mais, se não fosse interrompido. Seu olhar mudou, ele ficou em estado de êxtase. Fiquei preocupado, pois ele olhava para trás de mim. Quando olhei, me deparei com um homem de terno preto e cabelo encaracolado preso. Ele estava com uma foice e quase iria me decepar se não erguesse a espada dos mortos. Defendi o golpe, mas com o impacto fui lançado para trás. Empunhei a espada, segurando o cabo com as duas mãos.

— Morfeu... foi você quem me capturou.

— Você é sempre o preferido. Cansei disso, cansei de seguir você pela sombra.

Olhei para ambos, enquanto os dois discutiam. Mesmo sendo deuses, estavam sendo infantis e sem nexo algum. Aproveitei que eles estavam intertidos e então, desferi um golpe contra a corrente. Nada aconteceu, apenas a espada tremeu em minha mão. A corrente não poderia ser destruída por algo do tipo, era muito forte. Olhei para Morfeu, ele já se movimentava novamente, com raiva expressa nos olhos.

Desviei de alguns golpes, alguns com embates e outros sem. Era difícil lutar com um deus, principalmente aquele deus. Já estava ficando ofegante e sonolento, quem sabe Morfeu estava tentando isso. Por minha sorte, eu era mais resistente a coisas do tipo, imaginei se não fosse um filho do deus dos deuses e não tivesse tal habilidade com ataques mentais, sonoros. Não iria aguentar mais e estava me distanciando do Ícelus. Mudei minha retaguarda e segui na direção do Ícelus, com Morfeu correndo um pouco atrás de mim, acabando com o chão com sua foice. Pulei onde Ícelus estava. Assim que Morfeu desferiu um golpe com a foice, empurrei Ícelus de lado, para que a foice cortasse.

Zaz!

Vi a corrente cair no chão, e então Ícelus se soltar. Sorri, mas logo levava um golpe com o cabo da foice em minha barriga. Mesmo que não cortasse e apenas batesse, senti uma grande dor na barriga. Eu fui para o chão, segurando a espada. Empunhei a parte chata da espada e defendi um golpe da foice. Assim, levantei e girei a espada, vendo Morfeu desviar de mais um golpe meu. Perfeito, pensei. Uma bola de energia rotatória surgiu em minha mão. Era eletricidade em uma esfera rotatória. Logo, acertava no peitoral do Morfeu, o fazendo ser lançado para trás, e empunhando a espada ao chão, para apoio. Bufei, ofegante, não conseguiria mais lutar assim.

Foi então, que vi Ícelus se levantar e uma foice criar em suas mãos. Logo, ele desferia um golpe em Morfeu. O mesmo se desfazia em dois, com Ícor dourado jorrando para todos os lados. Ícelus olhou para mim.

— Relaxa, ele vai se refazer — disse ele. — Aproveite e vá para a sua casa.

Olhei para ele, estranhamente. Raramente algum deus me tratava assim.

— Mas e a espada do mundo dos mortos?

— Vá!

Fechei os olhos e ele tocou minha mente. Pensei na única coisa que me veio a mente: Chalé 1. Apareci no chalé 1, segurando a espada dos mortos e me vendo no chalé solitário. Onde estavam meus irmãos? Que... horrível, agora eu era um solitário por alguns dias. Um solitário mestiço.


Poderes & Armas
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Armas:

Mascote:
Citação :

Taka
Nível: 1
Descrição: Um grande falcão, de pelagem branca na cabeça e no resto do corpo, cor de castanha. Os olhos vermelhos descrevem que ele é impiedoso e tem uma grande relacão com Sander.
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Lord Ícelus

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